Rio Vargedo, era um grande
produtor de farinha de mandioca, derivados de suínos, madeira serrada, etc.. Muita madeira foram derrubada nas matas de Rio Vargedo e aqui mesmo foram serradas nas serras-fitas que aqui existiam. Isso lá pelas décadas de 1920, 1930... Eram vários engenhos de farinha de madioca, muitas toneladas de mandioca eram colhidas nas terras de Rio Vargedo, e aqui mesmo transformava-se numa quantidade enorme de farinha, que alem dos excessos de produção que eram vendidos para as fecularias de outras localidades, grande parte da nossa farinha ia para outros centros de consumos, como Rio de Janeiro, transportava-se de carros-de-bois de Rio Vargedo até a estação de trem na Vila de Morro da Fumaça, dalí até o Porto de Laguna ou Imbituba. Isso durou por muitos anos. A produção de farinha era sofrida. Era tudo no muque e a bois. Sem energia elétrica.
Engenho de Farinha de Mandioca do Sr. João Sartor e família |
Engenho de Farinha de Mandioca do Sr. João Sartor e família |
Na década de 1930/40, os quatros irmãos: Júlio Emilio, João Emílio "Juanim", Humberto Salvan e Attilio Salvan, filhos de Emílio e Mália Salvan, construíram um engenho de farinha, na FAZENDA CAIPORA, que ficava onde o Sr. ATTILIO SALVAN construíu sua residência (Primeira em 1939 e a segunda em 1953), onde hoje é o Bairro SALVAN.
Em seguida a sociedade foi deixando de existir e novos engenhos foram sendo construídos. Júlio Emilio e João Emílio "Juanim" construíram outros engenhos próximo as suas moradas e tocavam a produção com seus filhos.
Em seguida a sociedade foi deixando de existir e novos engenhos foram sendo construídos. Júlio Emilio e João Emílio "Juanim" construíram outros engenhos próximo as suas moradas e tocavam a produção com seus filhos.
RESIDENCIA E ENGENHO DE FARINHA DO SR. ANDRE HERCÍLIO DA SILVA EM RIO VARGEDO - 28 02 1975 |
Além do engenho do Sr. André Hercílio da Silva, a família Cesca também instalou um novo engenho e em seguida foi a vez da Família de Getúlio Fontana Burato e seus filhos.
Um dos engenho de farinha de mandioca, mais antigo que existiu em Rio Vargedo, pertencia à LÚCIO MANOEL MACHADO, nasceu em 13-12-1884, foi um dos primeiros moradores de Rio Vargedo. Construiu em 1905, com 21 anos de idade, solteiro, quando veio residir, sozinho, em Rio Vargedo (Linha Caipora e depois Sesmaria dos Medeiros). Comprou terras de Manézinho Patrício que havia comprado essas terras dos SALVANs, onde hoje reside o seu filho ANTONIO LÚCIO MACHADO e sua esposa a Senhora Dária Goulart Machado “Darinha”.
A primeira esposa de LÚCIO MANOEL MACHADO foi a Sra. MARIA ROSA ESPÍNDOLA MACHADO (Irmã de Gregório Espíndola).
Em 1937 surgiu em Rio Vargedo a primeira olaria. Na época o nome do lugar nas escrituras era FAZENDA CAIPORA, onde hoje é o Bairro SALVAN. A olaria pertencia aos quatros irmãos: Júlio Emilio, João Emílio "Juanim", Humberto Salvan e Attilio Salvan, filhos de Emílio e Mália Salvan, fabricavam telhas de barro e tijolos maciços, com produção tocada a bois.
Em 1937 surgiu em Rio Vargedo a primeira olaria. Na época o nome do lugar nas escrituras era FAZENDA CAIPORA, onde hoje é o Bairro SALVAN. A olaria pertencia aos quatros irmãos: Júlio Emilio, João Emílio "Juanim", Humberto Salvan e Attilio Salvan, filhos de Emílio e Mália Salvan, fabricavam telhas de barro e tijolos maciços, com produção tocada a bois.
Em 1953, os irmãos: Defendi, Otávio e Genor Salvan, constrói uma nova olaria. Tocada a motor diesel. Irmãos Salvan. É nesta olaria que é produzido e fornecido os tijolos maciços e de dois furos para a construção da atual Igreja Católica de Rio Vargedo.
O motor movido a óleo diesel, utilizado nas olarias para mover a maromba e outros equipamentos. Nesta foto, o Sr. Hercílio Antonio Pereira (Cerâmica Ouro preto - Morro Grande - Sangão (SC)
Telhas produzidas por Irmãos Salvan.
LOCALIDADE: Bairro RIO VARGEDO
Distrito de TREZE DE MAIO
Município de: TUBARÃO (SC)
Em 1969, a Irmão Salvan, mudou a razão social para Olaria do Sul Ltda.
Depois em 1972, a Olaria do Sul passou-se a chamar de CETREMA - CERÂMICA TREZEMAIENSE LTDA.
No início, a extração da argila, sempre em ambundância e disponível nos arredores das olarias, era feita braçal por empregados, utilizando-se picareta e pá, que exigia em média 10 a 12 horas de dedicação por dia. O trabalhador, sempre em empreitada semanal, extraia das barreiras a matéria-prima em quantidade suficiente para a fabricação de tijolos ou telhas. Das barreiras até o deposito, "tanque", na olaria, o transporte da argila era feito por carros-de-bois.
Nas décadas de 50 e 60, passou o transporte da argila a ser feito por pequenos caminhões com carrocerias e ou caçambas de madeiras, sendo o carregamento ainda feito manual, "braçal". Em 1965, em Rio Vargedo a Olaria do Sul, de propriedade dos Irmãos Salvan´s (Defendi, Otávio e Genor Salvan) mecanizaram o transporte da argila. Defendi Salvan construiu uma linha de trilhos ferroviários, movimentada por motor a díesel, que fazia toda a locomoção da argila por troles com capacidades de 3,0m3, desde as barreiras até o deposito, "tanque", na olaria. A linha mestre dos trilhos, entre a olaria e a barreira principal, tinha uma extenção de 1,5km. Esta moderna mecanização, que o Empresário Defendi Salvan trouxe das minas de carvão foi uma atração na comunidade de Rio Vargedo até o ano de 1974, quando veio a enchente de março e carregou os trilhos.
Algumas olarias, já no início da década de 70, adquiriram o equipamento "escavadeira mecânica", peça hidráulica que se acoplava na parte traseira dos tratores agrícolas, transformando-os em uma "retroescavadeira" para usar na extração da argila, adquirindo também caminhões com caçambas basculantes para o transporte da argíla, desde as barreiras até o deposito, "tanque", na olaria.
Em 1974, a Cerâmica Cetrema Ltda (antiga Olaria do Sul), o proprietário Empresário Sr Otávio Salvan, adquiriu uma retroescavadeira da marca CASE 580E, a primeira na região, e mais dois caminhões chevrolet equipados com caçambas basculantes para o transporte da argila.
A partir de 1975, a industria da cerâmica vermelha na região sul-catarinense, para dobrar a produção de tijólos e telhas, devido a necessidade de atender o mercado atrativo no Rio Grande Sul, busca por novos e modernos equipamentos cerâmicos para produzir com qualidade.
Ao todo, no Rio Vargedo existiam 8 (oito) Olarias:
Fonte/fotos/pesquisas: Roque Salvan - roquesalvan@gmail.com
LOCALIDADE: Bairro RIO VARGEDO
Distrito de TREZE DE MAIO
Município de: TUBARÃO (SC)
OLARIA DO SUL LTDA (1969) Proprietários: Otavio Salvan - Defendi Salvan - Genor Salvan Rio Vargedo - Treze de Maio - SC |
Depois em 1972, a Olaria do Sul passou-se a chamar de CETREMA - CERÂMICA TREZEMAIENSE LTDA.
Meu Pai, o Vereador Sr. Otávio Salvan |
Depósito da Argila - Cerâmica Cetrema Ltda - Rio Vargedo - Treze de Maio SC (1974) |
Algumas olarias, já no início da década de 70, adquiriram o equipamento "escavadeira mecânica", peça hidráulica que se acoplava na parte traseira dos tratores agrícolas, transformando-os em uma "retroescavadeira" para usar na extração da argila, adquirindo também caminhões com caçambas basculantes para o transporte da argíla, desde as barreiras até o deposito, "tanque", na olaria.
Ceramica Cetrema 1974 - Deposito de argila - tanque |
Cerâmica Cetrema Ltda - Retroescavadeira da marca CASE 580E |
Retroescavadeira da marca CASE 580E |
A partir de 1975, a industria da cerâmica vermelha na região sul-catarinense, para dobrar a produção de tijólos e telhas, devido a necessidade de atender o mercado atrativo no Rio Grande Sul, busca por novos e modernos equipamentos cerâmicos para produzir com qualidade.
Maromba e equipamentos da Maquinas Cerâmica Morando de São Paulo - Ceramica Cetrema Ltda - Rio Vargedo - Treze de Maio (SC) 1975 |
Maromba e equipamentos da Maquinas Cerâmica Morando de São Paulo - Ceramica Cetrema Ltda - Rio Vargedo - Treze de Maio (SC) 1975 |
Maromba e equipamentos da Maquinas Cerâmica Morando de São Paulo - Ceramica Cetrema Ltda - Rio Vargedo - Treze de Maio (SC) 1975 |
CERÂMICA CETREMA - RIO VARGEDO - TREZE DE MAIO (SC) - 1975, Maquinas Cerâmicas Morando S/A - Jundiaí SP
Na foto os funcionários da CERÂMICA CETREMA: Vanderlei “Léca” Luiz e Decarli “Dêco” Gonçalves
CERÂMICA CETREMA - RIO VARGEDO - TREZE DE MAIO (SC) - 1975, Maquinas Cerâmicas Morando S/A - Jundiaí SP
Na foto os funcionários da CERÂMICA CETREMA: Francisco Quinho de Jesus, Antônio Hermínio Nico de Jesus, Cecílio Damázio e José Antonio Manóel Bernardo “Toninho”
Residência oferecida aos empregados da Olaria do Sul e Cerâmica Cetrema |
Vista do Bairro Salvan em 1994 A esquerda a Cerâmica Cetrema e acima vista-se a Cerâmica de Zeferino Cesca e a acima a direita a Cerâmica Jaime Cesca |
Em 1970, Defendi Salvan constrói a Cerâmica Salvana Ltda, que em 1976 passou a pertencer à Genor Salvan.
Ao todo, no Rio Vargedo existiam 8 (oito) Olarias:
- Cerâmica Cetrema
- Cerâmica Rio - CERIO (Juraci e Zezinho Salvan)
- Cerâmica Sulina - Zezé Cesca
- Cerâmica Zeferino Cesca
- Cerâmica Jaime Cesca
- Olaria Cristo Rei
- Cerâmica Salvana
- Cerâmica Sartor (Atual Cerâmica Édison Salvan Burato).
- Cerâmica Sulina - Zezé Cesca
- Cerâmica Zeferino Cesca
- Cerâmica Jaime Cesca
- Olaria Cristo Rei
- Cerâmica Salvana
- Cerâmica Sartor (Atual Cerâmica Édison Salvan Burato).
O Bairro
SALVAN, no Município
de TREZE DE MAIO – SC
BAIRRO
SALVAN desmembrado da localidade de Rio Vargedo no município de TREZE DE
MAIO(SC), foi criado em 16-06-1980 através da Lei nº 010/1980 sancionado pela
prefeita Srª AURICÉLIA MARIA LEMOS GHISI. Projeto de autoria do Vereador Sr.
OTÁVIO SALVAN
Bairro Salvan 1997 - Rio Vargedo - Treze de Maio SC |
Bairro Salvan 1997 - Rio Vargedo - Treze de Maio SC - Casarão dos Empregados da Cerâmica Cetrema |
Bairro Salvan 1997 - Rio Vargedo - Treze de Maio SC - Lanchão |
Bairro Salvan 1997 - Rio Vargedo - Treze de Maio SC - Campo de Futebol do Bairro |
Bairro Salvan 1997 - Rio Vargedo - Treze de Maio SC |
Bairro Salvan 1997 - Rio Vargedo - Treze de Maio SC - Campo de Futebol do Bairro |