O primitivo habitante desta região, principalmente nas margens do rio urussanga foi o indígena, que se afugentaram com a chegada dos primeiros imigrantes. O Governo preocupou-se em povoar o sul do Brasil, trazendo casais e famílias inteiras da Europa. Estas famílias eram aquinhoadas com grandes áreas de terras doadas em forma de “sesmarias”, sistema que vigorou aqui enquanto o Brasil foi colônia de Portugal.
O Governo, sabendo da situação do povo italiano, enviava à Itália propagandistas encarregados de aliciar colonos. A notícia de que havia terra e trabalho para todos começou a espalhar-se nos campos italianos. Os propagandistas espalhavam de forma bastante exagerada vantagens oferecidas, como contratos de trabalho vantajosos, oportunidade de tornarem-se donos da terra, passagens para o Brasil. Vantagens estas que, na verdade, não correspondiam aos fatos.
Todas as posses e sesmarias formadas foram legitimadas em registros públicos realizados junto às paróquias locais. A Igreja, nesse período da Colônia, encontrava-se unida oficialmente ao Estado. Dessa forma, os vigários (ou párocos) das igrejas eram quem faziam os registros das terras ou certidões, como a de nascimento, de casamento, etc. Somente com a proclamação da República, em 1889, Estado e Igreja se separaram.
As cartas de Sesmarias eram documentos passados pelas autoridades para doar terras aos imigrantes; nelas, os donatários ou governadores de províncias autorizavam ou não as doações.
Fonte: http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/ - 05/2006
O que eram as Sesmaria?
A partir das capitanias, foi inventado o sistema de sesmarias, que consistia na permissão do uso das terras para colonos. Uma sesmaria media aproximadamente 6.500m2. Esta medida vigorou em Portugal e foi transplantada para as terras portuguesas ultramar, chegando ao Brasil. Muitas dessas terras estavam sob a jurisdição eclesiástica da Ordem de Cristo e lhes eram tributárias, sujeitas ao pagamento do dízimo para a propagação da fé.
As sesmarias eram terrenos incultos e abandonados, entregues pela Monarquia portuguesa, desde o século XII, às pessoas que se comprometiam a colonizá-los dentro de um prazo previamente estabelecido.
Cada uma das partes da área dividida levava o nome de sesmo. O vocábulo sesmaria derivou-se do termo sesma, e significava 1/6 do valor estipulado para o terreno. Sesmo ou sesma também procedia do verbo sesmar (avaliar, estimar, calcular) ou, ainda, poderia significar um território que era repartido em seis lotes, nos quais, durante seis dias da semana, exceto no domingo, trabalhariam seis sesmeiros.
As terras de Sesmaria dos Medeiros, sendo João Antonio de Medeiros o SESMEIRO, limitava-se ao oeste com a linha travessão, que atualmente é marcado pela Avenida Sete de Setembro no centro de TREZE DE MAIO(SC) e ao sul com o Rio Urussanga (leito antigo) na localidade de Rio Vargedo. A colônia de AZAMBUJA, a partir do ano de 1887 prolongou-se até o Núcleo Presidente Rocha, primeiro nome do município de Treze de Maio(SC) fazendo divisa na dita linha travessão.
No centro deste novo núcleo foi reservado um quadro de 121 hectares . É o tão badalado “quadro”. Segundo a errônea história de TREZE DE MAIO contada no passado, o “quadro” era uma área destinada aos ex-escravos, os quais não gostando do local, o abandonaram. Os italianos teriam ocupado o terreno dali em diante e em homenagem a data da abolição, denominaram de Treze de Maio. Fontes: historiador Amadio Vettoretti
O povoamento de Tubarão, no inicio, pelo lado direito da margem do rio tubarão, teve a sesmarias dos medeiros, terras que em 1793, pertencia a Furriel João Machado de Avilla, que cedeu para os Irmãos: Capitão Mor João da Costa Moreira e Capitão Joaquim da Costa Moreira que por últimos cederam ao sesmeiro João Antonio de Medeiros, 03/01/1872, terras estas com as seguintes confrontações:
Iniciava no Bairro Monte Castelo (Tubarão) findando no Rio Urussanga (Lado oeste, pela linha travessão extremando com a colonia azambuja). Ao Leste, fazia divisa com a sesmaria Domingos Fernandes de Oliveira, conhecida por Sesmaria de Jaguaruna, divisa essa que limitava os municípios de Tubarão com Jaguaruna (hoje Município de Sangão, nas localidades de Santa Apolonia, Areinha, Auxiliadora na Chapada e São Gabriel).
Nos registros constam a informação: Essas terras são todas planicies e parte delas são alagadas e boas para cultivar qualquer plantação deste país. Toda a medição foram feitas horizontalmente, com corrente de ferro de braça de 10 palmos (12,12 metros). Pesquisa de Roque Salvan em 12/12/2013.
O povoamento de Tubarão, no inicio, pelo lado direito da margem do rio tubarão, teve a sesmarias dos medeiros, terras que em 1793, pertencia a Furriel João Machado de Avilla, que cedeu para os Irmãos: Capitão Mor João da Costa Moreira e Capitão Joaquim da Costa Moreira que por últimos cederam ao sesmeiro João Antonio de Medeiros, 03/01/1872, terras estas com as seguintes confrontações:
Iniciava no Bairro Monte Castelo (Tubarão) findando no Rio Urussanga (Lado oeste, pela linha travessão extremando com a colonia azambuja). Ao Leste, fazia divisa com a sesmaria Domingos Fernandes de Oliveira, conhecida por Sesmaria de Jaguaruna, divisa essa que limitava os municípios de Tubarão com Jaguaruna (hoje Município de Sangão, nas localidades de Santa Apolonia, Areinha, Auxiliadora na Chapada e São Gabriel).
Nos registros constam a informação: Essas terras são todas planicies e parte delas são alagadas e boas para cultivar qualquer plantação deste país. Toda a medição foram feitas horizontalmente, com corrente de ferro de braça de 10 palmos (12,12 metros). Pesquisa de Roque Salvan em 12/12/2013.
Este mapa foi uma grande gentileza do Agrimensor Sr. Walmir Fernandes - Lauro
Muller(SC) Nossos agradecimento por Ele ter guardado e nos cedido esta relíquia. |
Do Livro: HISTÓRIA DE MINHA VIDA de GERMANO BEZ FONTANA (Ótimo livro. Recomendo)
A partir do capítulo 2 nas páginas 45 a 48, trás informações importantes sobre o Município de Treze de Maio e terras de Sesmaria dos Medeiros hoje Rio Vargedo. Veja:
Medição de terras devolutas
Por volta de 1887, o engenheiro Augusto Fausto Souza Junior(a comunidade de Linha Fausto leva esse nome em homenagem ao engenheiro) e o agrimensor Antonio Lopez Mesquita, mediram as *terras devolutas, hoje município de Treze de Maio. *O travessão da “Linha Mesquita”, partia do Sertão dos Corrêa, com os lotes nº 1 e 2 e seguindo com os dois lotes paralelos até chegar ao fim, com os lotes nº 35 e 37. O lote nº 1 fazia fundo com a Sesmaria Medeiros e o nº 2 com o Sertão dos Mendes ou com terras devolutas. Foi colocado o nome do **Travessão de “Linha Mesquita” em homenagem ao agrimensor, Antonio Lopes Mesquita”. Cada lote colonial tinha em média 30 hectares . Texto extraído do Livro: História de Minha Vida, do Autor Sr. GERMANO BEZ FONTANA. Capítulo 2 – página 45
*terras devolutas: Terrenos desabitado, vazio, desocupado.
*O travessão: Hoje sabemos que o Núcleo Presidente Rocha, primeiro nome da localidade, depois substituído pelo topônimo Treze de Maio, foi um prolongamento da Colônia de Azambuja, limitando-se ao Leste e Sudeste com a Sesmaria dos Medeiros cujo limite (travessão) atualmente é marcado pela Avenida Sete de Setembro, no centro de TREZE DE MAIO(SC).
**O travessão da “Linha Mesquita” partia do Sertão dos Corrêa no município de TUBARÃO(SC) seguindo em direção até o “quadro” terreno reservado para o núcleo, onde hoje encontra-se a Avenida Sete de Setembro, no centro de TREZE DE MAIO(SC)..
Quadro-futura sede (Hoje cidade de TREZE DE MAIO-SC)
Texto extraído do Livro: História de Minha Vida, do Autor Sr. GERMANO BEZ FONTANA. Capítulo 2 – página 46
“.......Os lotes nº 34 e 36, o “quadro de terras” ficou reservado para uma futura sede. Estremando ao leste com os lotes nº 32 e 33, oeste com os lotes nº 1 e 2, sul com Sesmaria Medeiros, norte com os lotes 35 e 37. Estes dois últimos ficaram com menor área, porque uma parte de cada um deles ficou para completar o “quadro de terras” para a futura sede, que teria a área de 721.600,00 m2 .
Depois do quadro reservado de terras, seguiram com o mesmo travessão com os dois lotes paralelos, começando outra vez com os lotes nº 1 e 2, que foi seguindo até o Rio Urussanga, divisa hoje com o município de MORRO DA FUMAÇA(SC) estremando ao sul com a Sesmaria Medeiros e ao norte com terras devolutas. O **travessão chamou-se “Linha Fausto Júnior”, em homenagem ao engenheiro Augusto Fausto Souza Júnior........”
-->**O travessão da “Linha Fausto Júnior” partia da Avenida Sete de Setembro, no centro de TREZE DE MAIO(SC) seguindo em direção até o Rio Urussanga, na divisa com o município de MORRO DA FUMAÇA(SC)
1876 data oficial da colonização em AZAMBUJA
Do livro: CONHEÇA TUBARÃO - Documentário histórico e outros fatos 1605 – 1972, páginas 77 e 78, do Autor JOSÉ FREITAS JÚNIOR, TUBARÃO(SC), ano 1972, extrai:
“Dando prosseguimento à sabia política imperial, de substituir o braço escravo pelo colono estrangeiro, foi designado a 21 de novembro de 1876, o Engenheiro JOAQUIM VIEIRA FERREIRA, para dirigir o povoamento das cabeceiras do Tubarão – “O engenheiro Joaquim Vieira Ferreira exerceu o cargo de diretor da colônia até 13 de junho de 1881, data em que foi substituido pelo engenheiro João Thomaz Nogueira”.
Decorridos apenas quatro dias de sua nomeação, o mesmo embarcou com sua família no “Cervantes”, com destino ao Desterro, Capital da Província de Santa Catarina, naquela época governada sabiamente por Alfredo Escragnolle Taunay, que se imortalizara na Guerra do Paraguai.
Da Capital para a nossa cidade vieram no “Conceição” e após os preparativos para a entrada na mata virgem, subiram o rio Tubarão até Pedrinhas, onde desembarcaram.
Em sua fase final, estabeleceram a sede do núcleo, (atual AZAMBUJA), na confluência do riacho Cintra com o rio Pedras Grandes. Abriram picadões, dividiram o terreno em lotes e construíram ranchos”.
“O núcleo de Azambuja foi fundado a 28 de abril de 1877, no Valle do rio das Pedras Grandes, affluente do rio Tubarão.
.....Dias antes, isto é, a 16 de abril, o major ANTONIO FLORENCIO PEREIRA LAGO, inspector especial de terras públicas, entregou, no logar Morrinhos, 291 immigrantes, quasi todos de origem intaliana, ao Engenheiro JOAQUIM VIEIRA FERREIRA, que os fez conduzir a sede do núcleo colonial”. “No ano seguinte à inauguração de Azambuja, o Engenheiro VIEIRA FERREIRA, volve suas vistas para o vale de URUSSANGA, demarcando seus lotes e traçando sua sede, em forma triangular, na confluência do Rio América com o Urussanga, aproveitando dessa forma a configuração favorável do terreno....”, “Os primeiros colonos, em número de 76 famílias, destinados à URUSSANGA, desembarcaram no porto do Passo do Gado, a 16 de maio de 1878 e no Morrinhos a 19. Foram recolhidos aos ranchos de hospedagem de Urussanga a 28 e localizados nos seus lotes a 12 de junho de 1878” .
roquesalvan@gmail.com - 05/2006